Não pude resistir postar aqui trecho da Coluna de Caco de Paula na Revista Vida Simples edição de Junho.
Discorre sobre o poeta Manoel de Barros, 91 anos poéticamente vividos
"Conta-me que não relê sua poesia, que tem tédio dela, por já ter sangrado e sofrido a cada verso. Que agora não está escrevendo, pois se sente oco. Que sua poesia é perseguida pela natureza e pelas percepções infantis. Que ainda quando criança aprendeu a distinguir o canto do gorjeio. Manoel me diz, principalmente, que a poesia é para ele uma espécie de encantamento - e que, se sua arte de fazer versos for uma espécie de loucura, não quer ser curado dela não."
Trecho de uma poesia de Manoel de Barros
"O sentido normal das palavras não faz bem ao poema.
Há que se dar um gosto incasto aos termos.
Haver com eles um relacionamento voluptuoso.
Talvez corrompê-los até a quimera.
Escurecer as relações entre os termos em vez de aclará-los.
Não existir mais rei nem regências.
Uma certa luxúria com a liberdade convém."
terça-feira, maio 20, 2008
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