terça-feira, dezembro 25, 2007

Feche os Olhos

Basta fechar os olhos
brisa sussurrando
histórias boas de viver
sonhos macios de sentir

Basta fechar os olhos
estrelas respingando
orvalho da madrugada
gotas de felicidade.

Basta fechar os olhos
árvores farfalhando
pássaros alvoroçados
madrugada anunciadora.

Basta fechar os olhos
cheiro de saudade
coração palpitando
suave adormecer.

domingo, dezembro 23, 2007

DESTINO

É assim essa certeza
de que a felicidade chega
e um dia entra porta adentro
sem pedir licença.

Silêncio no coração
música na alma
de quem tem paciência
e confia no futuro.

É assim essa certeza
de que os sonhos realizam
sem que a gente perceba
viram realidade.

Brilho nos olhos
sorriso tranquilo
É assim o destino,
certeza de ser feliz.

terça-feira, novembro 27, 2007

Saudade Guardada

Guarda em ti a saudade de mim
como a lua da outra noite.
Branca, brilhante e silenciosa
guardando teu sono.

Lembra o brilho do meu olhar
decifrando teus pensamentos,
sonhando sem querer
deixando o tempo passar.

Guarda o som da chuva lá fora,
universo conspirando.
Lagrimas rolando aqui dentro,
o mundo parou para nos ouvir.

Guarda em ti a saudade de mim
que em mim ela já não cabe.

quarta-feira, outubro 10, 2007

RÉU CONFESSO

A quem interessar possa,
Confesso os crimes que cometi.
Me atirei, me entreguei
Sofri, me arrebentei.

Aqueles que quiserem,
Sorriam e comemorem
Minha prisão na torre
Encarcerada em mim mesma.

Se quiser me esqueça,
No silêncio confortável,
Da pena pelo crime
Inescrupulosamente cometido

Mas não se compadeça!
Sou réu confesso!
Amei demais, vivi demais,
Sonhei demais, porque quis.

De meus crimes não me arrependo!

sábado, setembro 22, 2007

PERTENCER

Amor não tem posse,
não tem grilhões nem algema.
Chega de mansinho,
não querendo aprisionar.

Amor não tem dia ou noite
chega na hora certa
na hora torta
hora que tem que ser.

Amor não tem freios,
aterrissa sem aviso,
pouso forçado,
pista escorregadia.

Amor não tem fim,
começa sem querer,
termina quando bem quer
mesmo sem querer.

LEMBRANÇAS

Minhas lembranças ninguém leva
são pedaço do meu eu
cravados na minha história
como sangue nas veias.

Como cartão postal,
paisagens inesquecíveis,
momentos especiais
feitos para lembrar.

Como vento assobiando,
mostrando o caminho
no labirinto de emoções
em que a vida se transformou.

Minhas lembranças ninguém leva,
são teus rastros no caminho
registrados na minha vida
destino voraz.

sábado, setembro 15, 2007

NÃO QUERO NADA

Desta vida não quero nada
que não teu riso de criança
teu brilho no olhar incandescente
tua sede de acordar.

Passam os dias em desfile,
únicos, diferentes
E eu que quero da vida?
assistir tua felicidade

A noite descortina estrelas,
coloridas, sorridentes.
E eu que quero da vida?
Velar teu sono.

Desta vida não quero nada,
que não teus sonhos descabidos
tua intensidade desmedida
luz do dia ao amanhecer.

quinta-feira, setembro 06, 2007

MUNDO IMPERFEITO

Corre o relógio impiedoso
enquanto vivemos às pressas
a emoção esvaindo-se aos poucos
hábito de viver por viver

Entre um dia e outro
um mês e outro,
vida transbordando
querendo espaço para ser vivida.

Corre o mundo lá fora,
imperfeito, impossível,
pretérito desajustado
de um futuro aguardado.

Corre a vida,
enquanto olhamos pela janela,
paisagem imutável
de um mundo desacreditado.

domingo, agosto 26, 2007

O Preço da Perda

A perda é a realidade dos que pensam possuir, esvai-se o amor por entre os dedos, como água do mar ou areia da praia. O possuir pressupõe a perda, que tarda mas há de chegar, mansa e silenciosa.
Perder é sentir o chão desmantelar-se numa mistura translúcida de sonhos e pesadelos, emaranhados entre as teias da realidade. A perda é o preço da prisão, da liberdade controlada e das asas presas na gaiola.
A perda é música sem som, é dia sem sol, é noite sem luar. É ser sem de fato sentir a pressão no peito dos que se pertencem sem motivos. É acordar um dia e perceber que o presente tornou-se passado, e a realidade apresenta-se sem ressalvas.
O preço da perda é deixar-se desmontar, é abrir as asas em vôo solo, mesmo caindo do ninho protegido. O preço é largar as lágrimas sem rumo, é deixar o vazio preencher-se a si mesmo sem pressa e sem destino.
A perda cobra seu preço, alto diga-se, por que sabe que à ela sobrepõem-se novos caminhos, verdade transformada, que só se justifica com o preço bem pago da perda que destrói.
Perder? É o preço de ganhar, de voar mais alto, de poder mudar a realidade que apavora. É o preço de um dia ter pertencido, mas de querer continuar pertencendo, mesmo que a posse seja o preço a se pagar.

sexta-feira, agosto 24, 2007

MINHA NATUREZA

Silêncio numa alma confusa,
olhar perdido num cenário invisível,
coração aos pulos
dissimuladamente tranquilo.

Lágrimas sem pretexto
somente lágrimas
querendo a velocidade da vida
amedrontadamente ocultas.

Vida saltitante,
sorridente, empolgante.
Sem tempo pra pensar
surpreedentemente feliz.

Pensamentos soltos,
cabeça ao vento,
sem rumo, sem destino,
somente pensamentos.

Silêncio numa alma confusa,
querendo ser sem sê-lo
despencando de si mesma,
abraçando a vida, travessia inesperada.

O Preço da Posse

A posse é benefício e é carrasca. Possuir o coração de alguém é tornar-se responsável por ele e por tudo o que lhe acomete. Junto vem o derramar que este coração proporciona, desarmado, desmanchado, desobrigado, e dedicado a este pertencer.
A posse tem seu preço. Cobrado sem querer, na respiração, no olhar e no silêncio. Basta ser para cobrá-lo. Enquanto um coração se derrete, pequenas gotas de amor, grandes lagos de admiração.
A posse é o próprio preço do amor, que não tem fronteiras, que deseja ardentemente possuir e ser possuído. Mas que por instinto não paga o preço. Debate-se em fuga desabalada, perseguição desarvorada.
De que vale a posse a preço tão alto? Não é necessário possuir, somente sentir o coração derramando e derramar-se junto. Preço e posse se confundem e se consomem. Basta ser sem fugir, basta se jogar, se atirar, despencar.
Possuir é dar passagem para a perda, para o não ter e o não pertencer. Aqueles que possuem podem perder-se nos caminhos, desencontrar-se no tempo. Abrem a fila interminável de possibilidades e medos que a posse traz consigo.
O preço da posse? Amar ser reservas, amar sem cobrar o preço daquilo que já lhe pertence.

quinta-feira, julho 26, 2007

Tranquilidade

Não há silêncio que perdure
Não há fogo que sustente
a eternidade nos aguarda
tranquilamente.

Não há desespero que compense
Não há dor intransponível
a felicidade não espera
passa ao largo.

Não há suspiro inaudível
Não há saudade contida
a eternidade nos aguarda
tranquilamente.

segunda-feira, julho 09, 2007

NUNCA MAIS

Nunca mais quero sonhos
correndo em minhas veias
meus pedaços espalhados pelo chão
quebra-cabeças indecifrável.

Chuva caindo no telhado
cabelos molhados de lágrimas,
minhas pegadas pelo chão
caminho interminável.

Nunca mais quero sangue,
escorrendo das paredes,
minha alma esparramada
silêncio incontestável.

Sol nascendo em silêncio,
suspiro inaudível,
meus olhos brilhando no escuro
procura inútil do meu eu.

Nunca mais...

terça-feira, junho 26, 2007

Ambiguidades

Me pego pensando em você
o coração apertado
pelo silêncio palpável
da falta que você me faz.

Me surpreendo fugindo,
correndo às cegas
sem norte sem destino
escapando dos meus pensamentos.

Me observo no espelho
procurando teu riso atrás de mim
Pinto uma paisagem colorida
com aquarelas invisíveis.

Me vejo dançando sozinha
música silenciosa
História incompleta
sem você pra me acompanhar.

Me pego pensando em você,
coração aquecido,
paciência daqueles que amam
tranquilidade daqueles que confiam.

sexta-feira, junho 22, 2007

De Olhos Fechados

De olhos fechados,
imaginei um futuro colorido
fiz real um mundo de brinquedo
sonhei com a felicidade.

Senti o cheiro da vida
invadindo meu peito
batendo forte
querendo passagem.

De olhos bem fechados,
acreditei em promessas
fiz outras em vão
futuro inexistente.

Senti o coração apertado
amor inconsequente
coragem insensata
vazio repentino

quinta-feira, junho 21, 2007

ALMA AOS PEDAÇOS

Estar com a alma aos pedaços
é como silêncio noturno,
preenche os espaços
sem ao menos existir.

É acordar de um sonho
mundo de ponta cabeça
realidade destroçada
coração aos saltos.

É chorar em silêncio,
tempestade sem raios
céu sem estrelas
dia sem sol.

Estar com a alma aos pedaços
É perder a hora de despertar
e tentar desesperadamente
permanecer dormindo.

segunda-feira, junho 11, 2007

(In)Felicidade

Quem levou,
meu sorriso fácil,
meus dias intermináveis
meu jeito de ser feliz?

Quem apagou,
minha vida colorida,
meus sonhos possíveis,
minha vontade de brilhar?

Quem matou
meu ímpeto incontrolável,
minha coragem insensata,
minha felicidade intensa?

Quero de volta,
a felicidade gratuita,
a ansiedade pelo amanhã
o brilho nos olhos.

Alma sem rumo

É um ruído que sufoca
gritos da minha alma,
cansada, dolorida
desespero contido.

Acordo no meio da noite
coração apertado,
dias que não voltam
futuro que não chega.

Tampo os ouvidos
não querendo escutar
música incoerente
que toca em mim.

Shhhhhh,
preciso de silêncio
não há coração que sobreviva
a todo este barulho.

terça-feira, abril 24, 2007

TARDE DE OUTONO

Por entre as sombras das árvores
Levo minha alma a passear
Felicidade aos pedaços
Suspiros desesperados.

Pela estrada tortuosa
Sinto o destino chegando
Manso como o potro
Arredio como o garanhão.

Na tarde silenciosa
Registro os segundos
Tempo que não volta
Retratos de nós dois.

Guardo o silêncio
Precioso tesouro
Acalma o coração intranqüilo
Encanta a alma aflita.

TUDO PRA NÓS

Os sonhos que sonhei pra nós,
são jardim florido
primavera exuberante
Borboletas no caminho.

A vida que imaginei
É música sem refrão
Melodia Inesperada
Orquestra de um homem só.

A felicidade que desejei
É chuva de verão
Água no telhado
Cheiro de cedro no campo.

O Amor que construí
é viagem sem volta,
sol brilhando incansável
Destino desconhecido.

AURORA BOREAL

Deusa encantada
Anuncia o amanhecer
Suave, linda
Sedenta de amor.

Titã envolvente
Chega como vendaval,
Invisível, persistente
Soprando o vento do norte.

Aurora Boreal,
Choque inconsciente,
Faíscas reluzentes,
De um amor incansável.

Amanhece a vida
Mantém-me cativa,
Do brilho do teu sol,Do vento de teus pés

domingo, janeiro 14, 2007

MEU MUNDO

Meu mundo
É planeta particular
Riacho tortuoso
Transportando meu sangue.

Intransponível muralha
Portões trancados.
Cidade fantasma
Sem regras nem leis.

Sussurro inaudível
Tua voz entre os gritos
ecoando em meus pensamentos
E eu tentando te ouvir.

Utopia inigualável
Silêncio sem segredos
Pensamentos confessos
Ao som das estrelas.

sábado, janeiro 13, 2007

PROGRESSO

Pássaro acorrentado
Observo o movimento da vida,
pessoas insanas,
Em busca de um lugar.

Desaparecem os vazios,
Sufocam os silêncios
Crescem as cidades
ruídos enlouquecidos.

Templo violentado,
Corre o destino traçado,
Atropelando vidas
Roubando o passado.

E o relógio caminha,
Em seu velho passo,
Aguardando impaciente
O fim da insanidade.

quarta-feira, janeiro 10, 2007

Felicidade

Mandei entregar
A felicidade que é tua
E você esqueceu de levar
Em nossa última despedida.

Fiz uma caixa dourada
Com o riso e a quietude
Da felicidade que te prometi
Dos beijos que te dei.

Mandei entregar
Os sonhos que são seus
E você deixou pra trás
Em nosso último encontro.

Fiz um pacote sem laço,
Dos sonhos que sonhei
Da vontade que senti
De te ter aqui ao meu lado.

MARÉ ALTA

Somos nós dois na praia,
esperando o sol sair
contando os minutos
para amanhecer o dia.

São nossos sonhos
projetados no mar,
refletindo distraído
a história do nosso encontro.

É nosso amor na areia,
esperando a maré subir,
para escrever de novo
o encanto que nos acontece.

domingo, janeiro 07, 2007

VENTO SOLITÁRIO

Se um dia
eu deixar de te amar
Será como floresta após a tempestade,
terra arrasada, árvores caídas.

Se um dia
eu deixar de te querer,
Será como a escuridão,
vida em preto e branco.

Se um dia
Eu deixar de te amar
Será como viagem sem volta,
malas perdidas, avião sem pouso.

Se um dia
Eu deixar de te pertencer
Será como vento solitário
vagando sem destino.

terça-feira, janeiro 02, 2007

SILÊNCIO II

Silêncio.
noite escura
sumiram minhas palavras
Sono inquieto

Silêncio
Em minha alma calada
Sem declarações
Sem destino

Silêncio
basta o tumulto
Que me corre por dentro
Gritos inaudíveis

SEM QUERER

Foi se querer,
Que fechei os olhos
Coração malabarista
Sonhos sem sentido

Cheiro da chuva
Correndo em meus ombros
Procurando abrigo
Sol fustigante

Foi sem querer
Que suspirei distraída
te ofereci um sorriso
intensidade do meu eu

Caminho do vento
Balançando meus cabelos
Coração descuidado
Sonhando com você