segunda-feira, março 31, 2008

INTERMITENTE

Rio tortuoso que afoga
inunda em torrente ruidosa
e de repente a seca
silêncio quase audível.

Sou assim, intemitente.

Amo incodicionalmente,
sonho os sonhos mais loucos
e acordo questionando
a viabilidade de tal loucura.

Sou assim, intermitente.

Oxigênio exuberante
ocupa espaços desocupados
de repente gás carbônico
sem explicações.

Sou assim, intermitente.

Rio às gargalhadas,
divertida com o nada
subitamente até o nada incomoda
e a melancolia toma conta.

Sou assim, intermitente

Sou fogo, sou água,
sou luz, sou escuridão,
sou de tudo um pouco
mas não tudo ao mesmo tempo.

Sou assim, intermitente.
Fazer o que se essa é minha natureza.

sábado, março 08, 2008

Outono

Minhas folhas despencam
deixando marcas pelo mundo
pedaços de mim
espalhados por onde vou

É outono em minha vida
das cores mais lindas
da renovação
da expectativa futura.

O vento me faz bem
como tempo por companhia
tiram as marcas
trazem os sonhos.

É outono em minha vida
sem flores, sem frutos
somente a alma limpa
vivendo o agora.