segunda-feira, março 31, 2008

INTERMITENTE

Rio tortuoso que afoga
inunda em torrente ruidosa
e de repente a seca
silêncio quase audível.

Sou assim, intemitente.

Amo incodicionalmente,
sonho os sonhos mais loucos
e acordo questionando
a viabilidade de tal loucura.

Sou assim, intermitente.

Oxigênio exuberante
ocupa espaços desocupados
de repente gás carbônico
sem explicações.

Sou assim, intermitente.

Rio às gargalhadas,
divertida com o nada
subitamente até o nada incomoda
e a melancolia toma conta.

Sou assim, intermitente

Sou fogo, sou água,
sou luz, sou escuridão,
sou de tudo um pouco
mas não tudo ao mesmo tempo.

Sou assim, intermitente.
Fazer o que se essa é minha natureza.

2 comentários:

Furlan disse...

Somos pura metamorfose. E que assim seja. Uma vez ouvi Evaristo Arns dizendo que para sermos sempre os mesmos, temos de mudar todos os dias.
Belíssima. Superlativa.

Anônimo disse...

I just and strongly agree.
Superlativa - adorei a suma do comentador acima e endosso-a.