Loucura
é te querer assim
sem sentido, sem respirar
sem parar pra pensar.
Desejo insano
essa minha loucura solitária
que de louco avulso
vou me perdendo na madrugada.
Loucura
é teu silêncio
quando preciso te ouvir
sussurando em meu ouvido.
Sonho insensato
essa minha loucura imaginária
que de louco avulso
vou me encontrando nos dias.
quarta-feira, maio 28, 2008
terça-feira, maio 20, 2008
Se for assim, sou doida varrida de carteirinha!
Não pude resistir postar aqui trecho da Coluna de Caco de Paula na Revista Vida Simples edição de Junho.
Discorre sobre o poeta Manoel de Barros, 91 anos poéticamente vividos
"Conta-me que não relê sua poesia, que tem tédio dela, por já ter sangrado e sofrido a cada verso. Que agora não está escrevendo, pois se sente oco. Que sua poesia é perseguida pela natureza e pelas percepções infantis. Que ainda quando criança aprendeu a distinguir o canto do gorjeio. Manoel me diz, principalmente, que a poesia é para ele uma espécie de encantamento - e que, se sua arte de fazer versos for uma espécie de loucura, não quer ser curado dela não."
Trecho de uma poesia de Manoel de Barros
"O sentido normal das palavras não faz bem ao poema.
Há que se dar um gosto incasto aos termos.
Haver com eles um relacionamento voluptuoso.
Talvez corrompê-los até a quimera.
Escurecer as relações entre os termos em vez de aclará-los.
Não existir mais rei nem regências.
Uma certa luxúria com a liberdade convém."
Discorre sobre o poeta Manoel de Barros, 91 anos poéticamente vividos
"Conta-me que não relê sua poesia, que tem tédio dela, por já ter sangrado e sofrido a cada verso. Que agora não está escrevendo, pois se sente oco. Que sua poesia é perseguida pela natureza e pelas percepções infantis. Que ainda quando criança aprendeu a distinguir o canto do gorjeio. Manoel me diz, principalmente, que a poesia é para ele uma espécie de encantamento - e que, se sua arte de fazer versos for uma espécie de loucura, não quer ser curado dela não."
Trecho de uma poesia de Manoel de Barros
"O sentido normal das palavras não faz bem ao poema.
Há que se dar um gosto incasto aos termos.
Haver com eles um relacionamento voluptuoso.
Talvez corrompê-los até a quimera.
Escurecer as relações entre os termos em vez de aclará-los.
Não existir mais rei nem regências.
Uma certa luxúria com a liberdade convém."
segunda-feira, maio 19, 2008
Sem Razão
Foi só pela estrada,
que só a ela pertencia
cada pedra se curvando
aos seus passos lentos.
Escolheu as curvas
do caminho, do pensamento
e não lembra em qual delas
perdeu o juízo.
O vento teimoso
brincando na copa das árvores
chamando de meu bem
a caminhante solitária.
Foi só pela floresta
acompanhada dos seu sonhos
apaziguada pelo seu espírito
inconfundível, inconformado.
Não foi sem querer,
que deixou sua razão
abandonada ao lado da pedra
no riacho transeunte.
que só a ela pertencia
cada pedra se curvando
aos seus passos lentos.
Escolheu as curvas
do caminho, do pensamento
e não lembra em qual delas
perdeu o juízo.
O vento teimoso
brincando na copa das árvores
chamando de meu bem
a caminhante solitária.
Foi só pela floresta
acompanhada dos seu sonhos
apaziguada pelo seu espírito
inconfundível, inconformado.
Não foi sem querer,
que deixou sua razão
abandonada ao lado da pedra
no riacho transeunte.
Pétalas
A saudade virou pranto
e minha alma
calada de espanto
abriu-se em flores.
De tanto chorar
cairam-me as pétalas
da camélia a lamentar
as noites sem fim.
E do pranto um sorriso
nasceu o dia
o sol no paraíso
e eu despetalada.
De tanto sorrir,
esqueci do silêncio
que teimava em cair
na calada da noite.
e minha alma
calada de espanto
abriu-se em flores.
De tanto chorar
cairam-me as pétalas
da camélia a lamentar
as noites sem fim.
E do pranto um sorriso
nasceu o dia
o sol no paraíso
e eu despetalada.
De tanto sorrir,
esqueci do silêncio
que teimava em cair
na calada da noite.
sexta-feira, maio 09, 2008
sábado, maio 03, 2008
Anda logo, abre a janela,
afasta a poeira do peitoril,
vem ver o mundo lá fora
esquece da angústia daí de dentro.
Anda logo, abre a janela e vem respirar!
afasta a poeira do peitoril,
vem ver o mundo lá fora
esquece da angústia daí de dentro.
Anda logo, abre a janela e vem respirar!
Paisagem
Foi sem rumo
seguindo os passos
da velha estrada
caminhante, errante.
Foi cansado
caindo das nuvens
escolhendo flores
plantando canteiros.
E assim desarrumado
encontrou o destino
despedaçado, estirado
no caminho escolhido.
E assim descansado
parou para apreciar
a paisagem que não vira
na sua corrida insana.
seguindo os passos
da velha estrada
caminhante, errante.
Foi cansado
caindo das nuvens
escolhendo flores
plantando canteiros.
E assim desarrumado
encontrou o destino
despedaçado, estirado
no caminho escolhido.
E assim descansado
parou para apreciar
a paisagem que não vira
na sua corrida insana.
sexta-feira, maio 02, 2008
É Tarde
É tarde!
Fecham-se as portas
abrem-se janelas solitárias:
olhos cintilantes.
É tarde!
Já não há tempo
pra dizer o não dito
palavras que não voltam.
É tarde!
Já não te espero
sorriso anunciado
olhos apertados.
É tarde!
Não podemos voltar
pelo mesmo caminho
fecho os olhos.
É tarde enfim...
Foto: Figueira da Foz - Portugal - BY: RODRIGO BELLÉ
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