Ah,
se pudesse voltar
e viver o não vivido
não sofrer o sofrido
silenciar os medos.
Ah,
se pudesse apagar
o riso de ameaça
riscos na vidraça
pratos quebrados.
Ah,
se pudesse esquecer
o amor desesperado
o desejo impensado
sossegar de coração.
Ah,
se pudesse viver
outra vida que não essa
outros sonhos sem pressa
retorno à encruzilhada.
Voltaria, apagaria
esqueceria, viveria
reencontraria a mim mesma
porque destes pedaços fui feita,
não há o que rever.
quarta-feira, abril 30, 2008
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3 comentários:
Vim te visitar, porque foste anunciada em unciais, no frontispício do blogue de um bardo absconso atrás dum pseudônimo (Mr. Fart). Quanta sensibilidade reúnes no teu versejar, Evelyn!
É bom saber que vós, brasileiros, também (e ainda) cultivais a Poesia.
Não sei se a tristeza é realmente o seu principal alimento (relendo seus textos e suas respostas). Há um certo antagonismo entre suas perguntas (as vejo em sua poesia) em seus sentimentos e isso nos faz pensar. Escreva mais, é sempre bom lê-la.
Bella Evelyn , somos sem dúvida um eterno mosaico em construção .
Ha sempre uma peça , ou uma pedra para adicionarmos.
Te encontro em cada poesia , cada vez mais translucida mais intensa , com mais vontade de Viver essa intermitência de uma vez ....
Beijo
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